quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Peneirado como o trigo!


Uma das maneiras de peneirar o trigo é coloca-lo em um coador e sacudi-lo violentamente; outra maneira é arremessar os grãos ao ar para que peguem um vento forte.
O propósito do processo é separar a palha do trigo. A palha é uma camada grosseira, mas o trigo tem substancia. Quando o grão é lançado ao ar, o vento arranca a palha e a lança para longe, enquanto o trigo volta para o solo. Isso é o que acontece em uma tribulação. Você é arremessado ao ar no meio de um vento forte, e a camada espessa de sua vida é arrancada. No mesmo processo, sua fé genuína traz você de volta ao solo.
Algumas pessoas são apenas camada espessa; elas não têm uma fé autêntica. Até pode, conversar e agir como se a tivessem, mas, quando a tempestade as atinge, toda suposta fé vira apenas palha seca soprada pelo vento. Em pouco tempo, você já não vê mais essas pessoas; elas não vão mais à igreja, não seguem mais Jesus e param de crer. A verdade é que nunca tiveram a fé real em primeiro lugar; apenas uma experiência emocional vazia, a qual não pôde sustenta-las na tempestade. Elas fracassaram no teste de sua fé.
Jesus disse a Pedro o que aconteceria quando ele fosse tentado, afirmando que sua fé não fracassaria. Pedro fracassou, mas sua fé não sucumbiu totalmente. Pedro falhou na sua coragem e em seu compromisso, mas sua fé não sucumbiu totalmente. Havia muita palha no caráter de Pedro que precisou ser exposta e soprada para longe. A prepotência, as bravatas e a autoconfiança eram camadas espessas que seriam arremessadas para longe durante a provação. Entretanto, havia uma fé genuína em Pedro que possibilitou seu arrependimento e sua consequente volta para Jesus. Como o grão lançado ao ar, à palha de Pedro foi eliminada, e o trigo voltou para o mesmo lugar. Assim aconteceu com Pedro. Ele foi lançado ao ar no meio de uma provação, e seu orgulho dissipou-se – mas sua fé retornou para Jesus.
A prova da nossa fé produz paciência – em algumas versões, perseverança – (Tg 1.3). A palavra grega utilizada para paciência é hupomone, que significa persistência animada. Quando temos hupomone, agimos assim – somos animadamente persistentes. Pela manifestação da paciência de hupomone no meio da luta – notoriamente uma difícil aptidão espiritual de se conquistar – é que somos aprovados no teste de nossa fé.
O que acontece quando não se passa no teste?
Você não naufraga, mas terá de fazer a prova outra vez. Você enfrentará o mesmo tipo de prova até que aprenda a passar de nível mantendo uma atitude de vitória animada e persistente, a despeito das circunstancias. Isto é hupomone. Esse foi um teste pelo qual a primeira geração de israelitas que saiu do Egito não conseguiu passar. Como resultado, aqueles israelitas nunca conseguiram entrar na Terra Prometida, a qual manava o leite da abundancia e o mel da doce vitória.
Todos gostamos de contar nossas próprias história sobre os livramentos de Deus, mas, sem uma prova, não há livramento, história ou testemunho.
Então, o que acontece quando alguém acrescenta a paciência hupomone à fé refinada do fogo?
Tiago diz que nada faltará e que a pessoa sairá da prova “perfeita e completa” (Tg 1.4).
É da vontade de Deus que nada bom lhe falte.
Embora a intenção do diabo ao atacar seja rouba-lo e enfraquece-lo, o Senhor tratará com você no meio da prova para leva-lo a uma abundancia maior. Isso é tremendo!
Se nos faltar sabedoria ou qualquer outra virtude que o Altíssimo prometeu, tudo o que precisamos fazer é “buscar em Deus”. Ele nunca nos repreenderá por buscarmos o que falta ou se recusará a nos responder. Ele dá a todos liberalmente, e não teremos falta de coisa alguma (Tg 1.5).
Nenhuma falta – veja que grande promessa. Se você conseguir governar as emoções e mantiver sua alegria, perceberá que a prova pela qual está passando é apenas um teste da sua fé. Se conseguir manter a persistência animada da paciência, então, ao final, nada lhe faltará. Essa é a promessa de Deus!
(Extraído do livro: O que fazer no pior dia de sua vida, Brian Zahnd)

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